Alturas, tiras, subo-as, recorto-as
E pairamos as duas, eu e a Vida
No carmim da borrasca. Embriagadas
Mergulhamos nítidas num borraçal que coaxa. [...]
Descasco o dementado cotidiano
E seu rito pastoso de parábolas.
Pacientes, canonisas, muito bem-educadas
Aguardamos o tépido poente, o copo, a casa.
Ah, o todo se dignifica quando a vida é líquida.
HILST, H. Cascos & Carícias & outras Crônicas. SP: Globo, 2007. (p. 89)
Um comentário:
Por que você não anda líquida por aqui? Prometo arrumar uma boa garrafa do que quer que seja, está na hora de viajar de volta.
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