E vocês acham que prendem alguém que expele o verdinho por todos os buracos? Ah, como é bom ser rico, gordo e invisível. Ando cada vez mais pobre, mais magra e mais visível. Acho que todos nós. Ando mais triste também. Ando procurando um Mecenas, mas acho que só houve aquele, o primeiro. Um amigo meu, muito rico, diz que artista não precisa de dinheiro, que quanto mais pobre, melhor a obra. Verdade, logo se matam. A obra fica. Bom dia, leitor. E ainda que as janelas se fechem, é certo que amanhece.
HILST, H. Cascos & Carícias & outras Crônicas. SP: Globo, 2007. (p.121)
Um comentário:
Bonjour!
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