domingo, 7 de fevereiro de 2010

.No estreito-pouco.

Alturas, tiras, subo-as, recorto-as

E pairamos as duas, eu e a Vida

No carmim da borrasca. Embriagadas

Mergulhamos nítidas num borraçal que coaxa. [...]

Descasco o dementado cotidiano

E seu rito pastoso de parábolas.

Pacientes, canonisas, muito bem-educadas

Aguardamos o tépido poente, o copo, a casa.

Ah, o todo se dignifica quando a vida é líquida.


HILST, H. Cascos & Carícias & outras Crônicas. SP: Globo, 2007. (p. 89)

Um comentário:

Anônimo disse...

Por que você não anda líquida por aqui? Prometo arrumar uma boa garrafa do que quer que seja, está na hora de viajar de volta.