quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

LUTO NA LITERATURA

Morre em Los Angeles o escritor americano Sidney Sheldon.
"
Tudo que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecivel"

Se fosse em outros tempos não vingaria.

Foto Por Carlos Loff Fonseca

Antes quem olhasse nada afirmaria, ave da MARIA, PAI que é nosso, CRUZ de credo, ROMARIA.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Dos meus.

“Não tenho ambições nem desejos, Ser poeta não é uma ambição minha, É a minha maneira de estar sozinho” (p.4)

O guardador de Rebanhos – Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)

Não sou difícil de entender, só estou tornando-me difícil, atormentando-me. Nasci assim, desprovida de qualquer dificuldade, por isso, às vezes, invento-as. Em uma dessas invenções aprendi a sentir sua falta, aqui está meu novo problema, a falta que você me faz. No primeiro momento pensei que poderia camuflá-la, ao menos deixar de demonstrar tamanha necessidade, mas, certamente, enganei-me. Agora aqui estou, escrevo e penso em você, que fique bem claro: não estou escrevendo o que estou pensando e sim, escrevendo e pensando, caso escrevesse o que estou pensando o texto soaria safado. Para ser sincera, logo tenho que parar de escrever e dedicar-me somente ao pensar, prefiro, só assim posso te sentir.

Sobre a chuva que insiste em cair todos os dias coloco meus pensamentos mais felizes.

lg

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Amar é Ser Feliz

Foto Por Paulo Lopes

Quanto mais envelhecia, quanto mais insípidas me pareciam as pequenas satisfações que a vida me dava, tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida. Aprendi que ser amado não é nada, enquanto amar é tudo (...).
O dinheiro não era nada, o poder não era nada. Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.
A beleza não era nada. Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar de sua beleza.
Também a saúde não contava tanto assim. Cada um tem a saúde que sente.
Havia doentes cheios de vontade de viver e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer.
A felicidade é amor, só isto.
Feliz é quem sabe amar. Feliz é quem pode amar muito.
Mas amar e desejar não é a mesma coisa.
O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor não quer possuir.
O amor quer somente amar.


" Hermann Hesse, Prêmio Nobel de Literatura, em: "Sull'amore, mondadori"

...das...



Foto Por Luís Manuel Graça

De todas as coisas que estou sentindo agora, tudo, mas tudo mesmo, se resume em um músculo, sístole e diástole, das pequenas grandes atividades que realizo, das noites, das risadas, dos sorrisos, átrio direito, sentidos, átrio esquerdo, amigos, ventrículo direito, vestidos, ventrículo esquerdo, gemidos... Coronárias.

lg

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

...ASCO


Foto Por
Mário Galvão Ferreira Galante

Porque você deita e se faz de morta. Não dá notícias. Apenas se faz de morta. Isso me mata um pouco, me mata aos poucos, acho que estou morrendo, morrendo de saudades sua.

lg



luana

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

partidas...


Foto Por: Júlio Miguel Sampaio

Sofri o grave frio dos medos, adoeci. Sou o que não foi, o que vai ficar calado. Sei que agora é tarde, e temo abreviar com a vida, nos rasos do mundo.


Guimarães Rosa

...e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio.

FOTO: Hilton Pozza


"A gente imaginava nele, quando se comia uma comida mais gostosa; assim como, no gasalhado da noite, no desamparo dessas noites de muita chuva, fria, forte, nosso pai só com a mão e uma cabaça para ir esvaziando a canoa da água do temporal".

GUIMARÃES ROSA

PRA VOCÊ...


foto:
Judith Tomaz

S
E
N
T
I
D
O
S

humanos...

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...Ou toca, ou não toca". Clarice Lispector

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Gente Pequena


PAPO CHATO, PRA GENTE CHATA!

----> O caminho estava doloroso, o sol a pino castigava os retirantes.

PERSONAGENS: Político
Maria
José
Maria, vizinha.

Um dia antes das eleições...

José (olha pra trás): Vamo cambada de muié mole. Caminha que falta muito ainda.
Maria (ofegante): Espera que a gente ta indo, espera josé. (Chegam próximo a uma casa onde tem um homem bem vestido sentado em uma boa cadeira)
José: Oia Maria, oia o moço, pede pra ele recolhe a gente, pede! (Vão até o moço)
Maria: Moço eu sei que você ta engravatado, deve ser pessoa importante, deixa a gente ficar aqui essa tarde, eu, meu marido e minha cumadi, pra gente seguir rumo sem o sol...se sabe, a gente é cidadão e tem que vota, tamo viajando faiz tempo e nem sei como vamo volta...mais meu marido, o José, não quis justifica, ele quê vê a máquina apita, falaro pra ele que gente inteligente tem que aperta o verde pra confirma!
Político: De moço não tenho nada minha senhora, agora se você votar em mim, além de te hospedar, dou um corte de pano pra você se alinhar.
Maria: O corte eu aceito doutor, o voto a gente dá, mais que diabo é esse que você quê me hospedá?
Maria vizinha: Ó cumadi, larga de ser chucra perto do doutor, hospedá vem do pedido que ce feiz...ele disse VOU TE HOSPEDA, vou dar o que o cê pediu, hospedá...vo dá... cê é burra em Maria...doutor é assim, tem nome bonito pra tudo. Se quê que ele fala que nem nóis..nóis fala, vo te dá...ele fala hospedá. É coisa de doutor, coisa de doutor!
José: Viu Maria, se me invergonha, tinha que ter casado com essa ai, é mais feia, mais é esperta pra daná.

Papo chato pra gente chata...gente boa para ajudar os pobres...pobres espertos para escolher a cor do pano que tampa sua própria visão...Brasil inteligente...BURRA SOU EU!

LUANA GARCIA

...seguindo em frente...


Apenas seguirei com minhas lembranças e com o encanto que você depositou sobre meu olhar. Vou sozinha por um caminho que possui muitos espinhos nos arbustos que cercam a estrada e, como se não bastasse, ainda tenho que me atentar com as pedras que podem levar-me ao chão. Eu suspeitando que você gostasse de rosas e perfumes e olha para onde me manda, para um lugar onde meu coração não vai suportar por muito tempo.
Com ou sem você, eu seguirei em frente. Sorrindo um sorriso doloroso e não muito agradável.
Lembrei de assoviar aquela melodia que eu cantava quando ainda tinha vontade de cantar, logo parei, ela trazia lembranças do seu rosto.
Espero que você não tenha o azar de cruzar comigo pelo caminho, pois dessa vez, não me fará de adereço (como algo que sempre está a sua disposição, quando bem desejar).
Estou me erguendo mais uma vez, e se ao levantar você estiver no meu caminho serei obrigada a arrancar dos teus olhos o brilho que roubaste dos meus e morder sua boca para que em uma única vez você devolva toda saliva que deveria ser minha.
Com o brilho dos meus olhos de volta e a vontade da carne na boca eu seguirei rumo a minha felicidade, não quero ter a certeza de que você ficou lá atrás, porque sou capaz de te poupar essa dor terrível.
Eu ainda posso dividir o brilho dos meus olhos e mostrar um outro caminho, novo e desconhecido, mas, caso não queira conhecer, eu continuo meu percurso, sempre sorrindo. Assim, quando eu estiver treinado e testado meu sorriso alegre e verdadeiro, você reconhecerá logo de cara, que eu superei o novo, superei os espinhos e te superei...

luana

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Eu rabisco o sol que a chuva apagou...


Lá vem, lá vem, lá vem De novo Acho que estou gostando de alguém

Composição: Renato Russo

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

...momentos...


Tu não faz como o passarinho
Que fez um ninho e avoou,

Mas eu fiquei sozinha,
sem teu carinho,
sem teu amor.

AMOR DE LONGE


"marisa monte"

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Dos meus...


Imagem: Autor FRAMANURA

E o que seria das ninfas...onde fica essa ilha dos amores?
Camões, vilões, sonhos, atores e sedutores.
Para que serve o mar, se não para trazer de longe aquilo que nos dá esperança.
O abraço, o carinho, a faca que mata a saudade...lembranças.
Talvez da blusa que não voou com o vento, da alça que não soltou.
Fica a vontade de tirar com a boca aquilo que o tempo não ajudou.


texto: LG

sobre DESCULPAS ...

AS FOTOS QUE AQUI SE MOSTRA NÃO SÃO DE MINHA AUTORIA...
PEÇO DESCULPAS PARA OS RESPECTIVOS AUTORES QUE NÃO FORAM CITADOS AQUI E PRONTIFICO-ME A COLOCAR OS CRÉDITOS A ELES.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Só não conto os fatos de minha vida: sou secreta por natureza.


O que há então? Só sei que não quero a impostura. Recuso-me. Eu me aprofundei mas não acredito em mim porque meu pensamento é inventado.

Entropia



Chovia e eu fazia amigos.



Nós chegamos a dividir uma àrvore...

sábado, 6 de janeiro de 2007

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Da gente


"Todos estão loucos neste mundo? Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são de mais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total. Todos os sucedidos acontecendo, o sentir forte da gente – o que produz os ventos.

Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem o perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura."

FIGARO!


Porque ninguém mais tem a minha sorte.
Ninguém tem uma mãe que canta tão gravemente a dor de corredores vazios.
Sem alarde, assim a voz adentra o quarto.
Eu sei quando ela canta e ri, eu sei quando ela canta e chora.
Minha mãe. Ninguém mais tem a minha sorte.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

TEMPORAL


Não há guarda-chuva
contra o tempo,
rio fluindo sob a casa, correnteza
carregando os dias, os cabelos.

VIDA


Alturas, tiras, subo-as, recorto-as
E pairamos as duas, eu e a Vida
No carmim da borrasca. Embriagadas
Mergulhamos nítidas num borraçal que coaxa.
Que estilosa galhofa. Que desempenados
Serafins. Nós duas nos vapores
Lobotômicas líricas, e a gaivagem
se transforma em galarim, e é translúcida
A lama e é extremoso o Nada.
Descasco o dementado cotidiano
E seu rito pastoso de parábolas.
Pacientes, canonisas, muito bem-educadas
Aguardamos o tépido poente, o copo, a casa.

Ah, o todo se dignifica quando a vida é líquida

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Caminhos


SE BEBER NÃO DIRIJA.

UM ANO NOVO REGADO A DRUMMOND


Os meninos dormiam sonhando outros natais muito mais lindos
mas os sapatos deles estavam cheinhos de brinquedos
soldados mulheres elefantes navios
e um presidente de república de celulóide.

aqui jaz 2006

[...] e sob os gonzos da família e da classe,
fica sempre um pouco de tudo.
Às vezes um botão. Às vezes um rato.