E quando tudo parece embaraçado e confuso, quando o livro está prestes a ser fechado, ele entrega:
A conseqüência é que os problemas que afligem as cidades contemporâneas não podem ser resolvidos reformando-se os próprios centros urbanos, por mais radical que seja a reforma. Não há, permitam-me repetir, soluções locais para problemas gerados globalmente. O tipo de “segurança” oferecido pelos urbanistas não pode aliviar, muito menos erradicar, a insegurança existencial reabastecida diariamente pela fluidez dos mercados de trabalho, pela fragilidade da modernidade líquida, pela reconhecida vulnerabilidade dos vínculos humanos e pela suposta precariedade e revogabilidade dos compromissos e parcerias.
Exatamente Senhor Bauman.
Bauman, Z. Amor Líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. RJ: Jorge Zahar, 2004. (p. 139)
2 comentários:
É incrível, na sequência: "As mudanças devem ser precedidas de uma reforma das condições de existência, já que estas determinam o sucesso daquelas. Sem isso, confinados à cidade, os esforços para sobrepujar ou desintoxicar as pressões mixofóbicas tendem a continuar sendo apenas paliativos – com muita freqüência, tão-somente placebos."
Incrível? Você está dialogando com um autor nas férias, e não é qualquer autor, é Bauman, e é FÉRIASSSSSSS...vai dormir, vai pra praia, vai tomar sol (ta eu sei que você não gosta), mas vai passear com um cachorro (cachorro também é erro), vai fazer gelinho, tomar picolé, andar de bicicleta, fazer palavras-cruzadas, fazer NADA, mas o Bauman, e quer coisa pior, eu entro leio e penso: aquela FDP conseguiu colocar os melhores trechos porque eu acabo de entender o livro, então, além de ficar muito brava eu tenho que agradecer. Mais que raiiiiiiva...porque eu não leio nem nas aulas, quem dirá nas férias, quem dirá Bauman, aiii vou dormir. VACA.
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