segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

.Resolvido, façamos um baile.

É hora de escrever sobre essa sensibilidade aflorada, curtida em dias de repouso. Cultivo do silêncio. Espaço inatingível. Escreve-se para colocar para fora tudo aquilo que o tempo fez calar. Escreve-se para dialogar com você, depois que o estranhamento passou e agora sobraram nossas reflexões desordenadas. Para guardar aquele respirar junto à xícara de café que se escreve. Para emoldurar o seu olhar. Sua liquidez. Escreve-se porque não tenho você agora, caso contrário estaria aproveitando meu tempo em passeios pelo seu corpo. Escrevo para que você suspire e para que saiba usar as mãos que te empresto. Para que ecoem nos meus ouvidos seus momentos intermináveis. Escrevo para que me sintas do outro lado. Quem sabe entre suas curvas. Preciso tanto desse agitar que me causa, dessa tranqüilidade da procura que me proporciona, desse inventar árduo de situações, preciso tanto. E agora que te tenho e que chegarás em breve, volto a precisar da sua liquidez na minha cama. Da tua boca colada a minha boca. Da sua respiração descompassada. Volto a precisar das suas mãos que emprestei a ti.

LG


4 comentários:

Felicè disse...

Palavras de uma sensibilidade incomum...
Divago em meio ao tédio
Perdendo-me nos teus versos
Errando a soma de um mais um.

Lg. disse...

Lindo. Quem é?

Felicè disse...

Sou moça de riso frouxo
Covinha de beleza carrego
do lado esquerdo do rosto
Ganhado tempo em cada verso
Transbordando amor em forma de gesto.

Lg. disse...

Nossa, que bonito! Vou perguntar novamente, que é? Assim tenho outra resposta agradável.