Eu crio tantas personagens em mim, tantas estórias de encontros, conquistas e despedidas dolorosas, algumas fáceis de sair, outras nem tanto, que às vezes penso ser uma eterna mentira vivendo. Vida de personagem construída com cuidado e mais atraente na ficção, talvez por isso tenha dormido tanto. Talvez para efeito de oposição e para me livrar tenha recorrido tanto ao café. Talvez e tanto. Depois enjoada do cheiro e percebendo que de tão enjoada começa a percorrer aquela náusea descubro que o enjôo é real. Geralmente é isso, vivendo no real padecemos de náusea crônica.
LG
2 comentários:
E não será talvez a mentira uma constante porção de verdade travestida?
E quem sabe talvez a fantasia seja a parte mais real das nossas vidas.
"Os personagens do meu romance são minhas próprias possibilidades que não foram realizadas. É o que me faz amá-los todos e temê-los ao mesmo tempo. Uns e outros atravessaram a fronteira que apenas me limitei a contornar. (...) O romance não é uma confissão do autor, mas uma exploração do que é a vida humana, na armadilha em que se tornou o mundo"
fui buscar Kundera, era pra ganhar um abraço... rs
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