terça-feira, 26 de janeiro de 2010

.Uma das funções dos escritores está em alargar os horizontes morais de onde vive.

Lá pelos meus vinte anos comecei a fazer um registro com o nome, a idade, o lugar, e um breve recordatório das circunstâncias e do estilo. Até os cinqüenta anos eram quinhentas e catorze mulheres com as quais eu havia estado pelo menos uma vez. [...] Tinha minha ética própria. Nunca participei em farras de grupo nem em contubérnios públicos, nem compartilhei segredos nem contei uma só aventura do corpo ou da alma, pois desde jovem me dei conta de que nenhuma é impune.

GARCIA MÁRQUEZ, G. Memórias de Minhas Putas Tristes. RJ: Record, 2009. (p.17)



Um comentário:

Anônimo disse...

Ó Ser Lumpen!