domingo, 10 de janeiro de 2010

.Eu vi. E alguns riam. A corja humana sempre ri da dor suprema, do estertor dos bicho-ninguém.

Salto e encolho-me nos cantos, vem Jeová aos berros: Vitório! Vitório! Ama-me! É para o teu bem o sofrimento! É luz sofrer! Dou bengaladas no ar; estou furibundo: sai cornudo nascido do nada, é porque és incriado, sem mãe, é por isso que odeias os que tiveram um ventre como casa, é porque nem casa tens que sobrevoas teus pântanos para ver se encontras um irmão-alguém, porque és único, sem parecença, um olho-terror; um olho abismo, um olhar condenado a eterna solidão.


Um comentário:

Anônimo disse...

Que tudo!