sábado, 23 de janeiro de 2010

.Cada vez mais fundo, mais longe nos silêncios, ele tinha ido s’embora.

Foi no meio duma noite, indo para a madrugada, todos estavam dormindo. Mas cada um sentiu, de repente, no coração, o estalo do silenciozinho que se fez, a pontuda falta da toada, do barulhinho. Acordaram, se falaram. Até as crianças. Até os cachorros latiram. Aí, todos se levantaram, caçaram o quintal, saíram com luz, para espiar o que não havia.

Rosa, J. G. Manuelzão e Miguilim. RJ: Nova Fronteira, 2001. (p. 163)



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