quarta-feira, 5 de outubro de 2011

.Dos livros necessários. Aprende comigo, 3, 2, 1. Valendo!

Com respeito ao sexo, o poder jamais estabelece relação que não seja de modo negativo: rejeição, exclusão, recusa, barragem ou, ainda, ocultação e mascaramento. Não te aproximes, não toques, não consumas, não tenhas prazer, não fales, não apareças; em última instância não existirás, a não ser na sombra e no segredo. Seu objetivo: que o sexo renunciasse a si mesmo. Seu instrumento: a ameaça de um castigo que nada mais é do que sua supressão. Renuncia a ti mesmo sob pena de seres suprimido; não apareças se não quiseres desaparecer. Tua existência só será mantida à custa de tua anulação. O poder oprime o sexo exclusivamente através de uma interdição que joga com a alternativa entre duas existências. E aí é imaginada uma espécie de lógica em cadeia, que seria característica dos mecanismos de censura: liga o inexistente, o ilícito e o informulável de tal maneira que cada um seja, ao mesmo tempo, princípio e efeito do outro. Quanto ao poder, não importa os parelhos ou instituições em que se apóie, agiria de maneira uniforme e maciça. Para concluir, leitor, em face de um poder, que é lei, o sujeito que é constituído como sujeito – que é “sujeitado” – é aquele que OBEDECE. (p.81-82)

4 comentários:

Gio. disse...

Que cismas, homem? – Perdido, no mar das recordações, escuto um eco sentido das passadas ilusões. Que buscas, homem? – Procuro, através da imensidade, ler a doce realidade das ilusões do futuro.

As coisas hão de mudar. E hão de mudar para melhor. Da minha parte, apenas o desejo de que sejas feliz. Vai, a primavera te espera.

Lg. disse...

E hei de ir para onde? Se sei exatamente onde estão presas minhas amarras. Você vai para onde?

Lg. disse...

Senti vontade de responder a pergunta. Você pode ir para onde for, pode se afastar o quanto achar necessário, dentro de mim você é constante e tem cadeira cativa. Sua felicidade é inevitável, por merecimento.

Gio. disse...

Quem conheceu o amor, Helena, irá para qualquer canto, mas o coração permanecerá, sim, no mesmo lugar. Respondendo a primeira pergunta, "e hei de ir para onde?": jamais hei de tomar a ousadia de dizer-lhe para onde deve ou não ir. Segunda pergunta, "você vai para onde?": permanecerei onde sempre estive.