Lydia e eu estávamos sempre brigando.
Ela adorava um flerte e isso me irritava. Quando a gente saía pra comer, eu
tinha certeza que ela ficava cruzando olhares com algum homem no restaurante.
Quando meus amigos vinham me visitar e Lydia estava lá, eu percebia o papo dela
se tornando íntimo e sexual. Ela costumava se sentar bem perto dos meus amigos,
colando-se o máximo possível a eles. E eram as minhas bebedeiras que irritavam
Lydia. Ela adorava sexo e os meus porres atrapalhavam nossas trepadas. “Ou você
ta muito bêbado pro negócio à noite ou passando muito mal de manhã”, ela dizia.
Lydia ficava uma fera se eu bebesse uma única garrafa de cerveja na sua frente.
A gente rompia pelo menos uma vez por semana – “pra sempre” – mas acabava dando
um jeito de voltar. Ela terminara de
esculpir minha cabeça e me dera o troço de presente. Quando a gente rompia eu
botava a cabeça ao meu lado, no banco da frente do carro, tocava pra casa dela,
e deixava o troço na soleira da sua porta. Daí, ia pruma cabine telefônica,
ligava pra ela e dizia: “ A porra da cabeça tai fora, na sua porta!” A cabeça
ia e vinha o tempo todo...
Procure.
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