segunda-feira, 22 de abril de 2013

.Recebeu todo o líquido do copo na cara e ouviu: - sua recalcada, por isso que sua mulher te deixou. Sem ligar enxugou o rosto e se recolheu.


Lydia e eu estávamos sempre brigando. Ela adorava um flerte e isso me irritava. Quando a gente saía pra comer, eu tinha certeza que ela ficava cruzando olhares com algum homem no restaurante. Quando meus amigos vinham me visitar e Lydia estava lá, eu percebia o papo dela se tornando íntimo e sexual. Ela costumava se sentar bem perto dos meus amigos, colando-se o máximo possível a eles. E eram as minhas bebedeiras que irritavam Lydia. Ela adorava sexo e os meus porres atrapalhavam nossas trepadas. “Ou você ta muito bêbado pro negócio à noite ou passando muito mal de manhã”, ela dizia. Lydia ficava uma fera se eu bebesse uma única garrafa de cerveja na sua frente. A gente rompia pelo menos uma vez por semana – “pra sempre” – mas acabava dando um jeito de voltar. Ela terminara de esculpir minha cabeça e me dera o troço de presente. Quando a gente rompia eu botava a cabeça ao meu lado, no banco da frente do carro, tocava pra casa dela, e deixava o troço na soleira da sua porta. Daí, ia pruma cabine telefônica, ligava pra ela e dizia: “ A porra da cabeça tai fora, na sua porta!” A cabeça ia e vinha o tempo todo...
Procure.

Nenhum comentário: