quarta-feira, 27 de abril de 2011

.Que mais podes dar, que mais tens a dar?

Joguei as peças, uma por uma, sobre o assoalho sujo. Deitei de costas. Fechei os olhos. Ardiam , como se tivesse acordado de manhã muito cedo. Então um corpo caiu sobre o meu e uma boca molhada, uma boca funda feito poço, uma língua ágil lambeu meu pescoço, entrou no meu ouvido, enfiou-se pela minha boca, enquanto dedos hábeis desciam.

ABREU, Caio Fernando. Morangos Mofados. RJ: Agir, 2005. (p.92)



2 comentários:

Anônimo disse...

Quanta veracidade.
É um bom motivo para lembrar-se realmente de mim.
Espero que não seja uma breve recordação.

Anônimo disse...

Totalmente SobSuspeitas! Aauiehiahe'
beijos e abraços,
Belo blog,
Amanda F.