terça-feira, 19 de abril de 2011

.Não é por que eu sei que ela não virá que eu não veja a porta já se abrindo.

Foi assim uma surpresa. Defendeu todas as características que as surpresas trazem consigo. Alegria. Espanto. Felicidade. Admiração. Coração ofegante. Bom, só compreende quem já recebeu uma ou quem já fez uma, muito agradável é ser uma surpresa para alguém, inesquecível é ser o alvo de uma surpresa.

A Surpresa, por ser amiga fidelíssima do Inesperado, bate a minha porta sempre que desacredito que ela exista.

Caso pudesse descrever a Surpresa diria que ela é uma menina ruiva, pequena, deve ter oito anos aproximadamente, serelepe, cheia de sardas, (característica das crianças branquinhas de cabelo amarelado) com um vestido vermelho e uma fita de cetim no cabelo.

Uma menininha ruiva porque todas elas me lembram sorrisos largos; pequena porque tem o sentimento mais puro que já observei; oito anos por carregar consigo uma vida toda pela frente (para aparecer em minha casa); serelepe por me passar a melhor vibração do mundo; cheia de sardas: pois cada marquinha é um pedido, daqueles que se cruzam os dedos, para que ele se realize. Dentre tantas pintinhas não existe uma que eu não saiba localizar; o vestido vermelho foi porque pensei mesmo em ter vivido um conto de fadas e lá existem bastante vestidinhos e chapeuzinhos; quanto à fita no cabelo não teve nada alusivo as pequenas burguesas filhas de europeus e sim ao caráter de reluzir o laço mais delicado que prendeu por hora minha atenção.

Enfim veio, deixou uma cesta cheia de suavidade, doçura e saquinhos com sentimentos sortidos.

LG



Um comentário:

Anônimo disse...

adorei seus textos,são lindos!! um dia te mostro um dos meus.
o link pro blog do Rafa:
http://boiandoemmocambique.wordpress.com/
acho que vc vai gostar,

bjs
Malu