Joguei as peças, uma por uma, sobre o assoalho sujo. Deitei de costas. Fechei os olhos. Ardiam , como se tivesse acordado de manhã muito cedo. Então um corpo caiu sobre o meu e uma boca molhada, uma boca funda feito poço, uma língua ágil lambeu meu pescoço, entrou no meu ouvido, enfiou-se pela minha boca, enquanto dedos hábeis desciam.
ABREU, Caio Fernando. Morangos Mofados. RJ: Agir, 2005. (p.92)
2 comentários:
Quanta veracidade.
É um bom motivo para lembrar-se realmente de mim.
Espero que não seja uma breve recordação.
Totalmente SobSuspeitas! Aauiehiahe'
beijos e abraços,
Belo blog,
Amanda F.
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