Extrema, toco-te o rosto. De ti me vem
À ponta dos meus dedos o ouro da volúpia
E o encantado glabro das avencas. De ti me vem
A noite tingida de matizes, flutuante
De mitos de águas. Inaudita.
Extrema, toco-te a boca como quem precisa
Sustentar o fogo para a própria vida.
Extrema, inomeada, antes tão memória.
E tão jovem agora.
HILST, H. Do Desejo. SP: Globo, 2004. (p.54)
2 comentários:
Isso. Enche de alegria o dia alheio, inigualável, com todo os recursos que tem.
Ah! Os olhos não disfarçam mais tanto entusiasmo. A voz que lhe pronuncia cada palavra é repleta de emoção. Ah! Como cora o rosto diante de tanta felicidade. Despretensioso é o sentir, o tocar, o ser, o estar. O desejo. Ah! O desejo de esquecer-se em teus braços. No tempo se perde, se confunde, permanece.
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