quarta-feira, 31 de março de 2010

Por que me negas permanência?

Que te demores, que me persigas

Como alguns perseguem as tulipas

Para prover o esquecimento de si.

Que te demores

Cobrindo-me de sumos e de tintas

Na minha noite de fomes.

Reflete-me. Sou teu destino e poente.

Dorme.


HILST, H. Do Desejo. SP: Globo, 2004. (p.38)



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