Não vivia nem em palácios nem em casas proletárias, mas precisamente naqueles ninhos da pequena burguesia, decentíssimos, cheios de tédio e cuidadosamente conservados, onde há sempre um cheiro de terebintina e sabão e onde todos se sobressaltam quando alguém deixa a porta bater com força ou entra com sapatos sujos de lama. Agrada-me respirar na escada este cheiro de calma, de ordem, de limpeza, de decência e de domesticidade, o que, apesar de meu desprezo pela burguesia, tem sempre algo de comovente para mim.
HESSE, H. O lobo da estepe. RJ: Record, 2007. (p.38)
Um comentário:
Gosto de você luanita e da sua intensidade, do seu jogo com as palavras e como manipula minha imaginação, gosto gosto gosto. Ia comentar no texto de cima, mas li esse e fiquei com saudade de casa.
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