sexta-feira, 6 de maio de 2011

.Enlaço, rápida, certeira, não peço, MOSTRO.

Por que foi que apareceu agora, retirando meus tormentos, carregando minhas angústias e devolvendo esse respirar compassado? Por que é tão presente mesmo quando sabemos que não, tão excitante mesmo quando os corpos não se cruzam, tão interessante quando o hoje diz que tudo isso faz parte do ontem? A resposta é: porque vai se repetir, e isso é uma certeza, e, quando acontecer, novamente vai ser hoje e vai ser bom. A divisória se foi, a sala ampliou, as pessoas se aproximaram, mas falta aquele afeto que você trouxe e levou. Sintonia e carinho que às vezes me devolve em palavras. Reformulando: as pessoas deveriam ter se aproximado, mas elas vêm e vão, como todos, nesse show de rotina. Alfred não se vai porque tem esse lugar como trabalho, antes era mais afetuoso, talvez deva perguntar a ele sobre coisas da vida. Porque talvez ele queira contar. Ninguém mais me pergunta sobre coisas da vida, deve ser porque espalharam por ai que eu não sou de falar. Espalharam também que estou amarela, fofoca que viajou quilômetros, mamãe ligou e disse pra pessoa que espalhou descobrir se eu estava com vontade de algo, uma comida, qualquer coisa, trauma de criança, mimos de criança. Criancice. Não estava amarela. Estava era com saudade.

– Alfred você acha que estou amarela?

– Não senhora!

– Está tudo bem com você?

– Sim senhora!

– Então ótimo.

LG

6 comentários:

,,, disse...

Eu tenho vergonha de comentar aqui. Sempre venho e olho, me encanto, sempre bem visitado. Sempre faço as mesmas perguntas, você está em tudo, se te procuro nos espaços acadêmicos encontro, séria e atenta. Se te procuro online encontro, se lançam um livro novo você comenta, e obrigada pela leitura linear que fez do Lhosa. Se acesso seu lattes ele cresce, se penso que dorme erro, se penso que descansa erro, se penso que pensas em mim erro também. Você é acerto eu sou erro. Luminescência. Quando dispensar o Alfred me contrate, saberei ser útil.

Anônimo disse...

Queria poder ser constância. culpa do tempo que me atraiçoa. quando calo não te calas. por isso te projeto além de mim. ainda há tempo para desculpas? agora sou anônima, porque assim prefiro. são momentos tão ABSURDOS que perdi a identidade.

Lg. disse...

Enlaçar as palavras dessa forma te tira do anonimato em segundos. Desculpas? Não peça! Sempre há tempo.

Anônimo disse...

Então está por aqui, arrependendo-se?

Lg. disse...

Arrependendo? não!

Anônimo disse...

Pergunta sem sentido, qual sua música preferida da balada? Se é que você vai pra balada?