quinta-feira, 17 de março de 2011

.Gênero, Gênero e Gênero não vai no X da questão.

A comunidade política conduz, comanda, supervisiona os negócios, como negócios privados seus, na origem, como negócios públicos depois, em linhas que se demarcam gradualmente. O súdito, a sociedade, se compreendem no âmbito de um aparelhamento a explorar, a manipular, a tosquiar nos casos extremos. Dessa realidade se projeta, em florescimento natural, a forma de poder, institucionalizada num tipo de domínio: o patrimonialismo, cuja legitimidade assenta no tradicionalismo – assim é, porque sempre foi.

FAORO, R. A viagem redonda: do patrimonialismo ao estamento. In. OS Donos do Poder. SP: Globo, 2001. (p.819)

Um comentário:

Lg. disse...

Sendo que dentro dessa “comunidade política” não é necessário bifurcar quem mandar mais, se o homem ou a mulher, quem tem mais acesso: o homem ou a mulher? A questão se repousa na seguinte problemática: de que lugar estão saindo esses homens ou mulheres, não são dos mesmos estamentos ou classes? É sabido que a cultura política age nas três esferas, econômica, social e cultural, vai se pegar uma só e resolver o problema? Mulher ou homem lá, um ou outro, não mudaria a cultura política por militar em prol de uma questão de gênero. Posso estar muito enganada, mas, como diria Elias, podem estar lutando pela causa errada.