sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

.E se todos decidissem o que é certo ou errado por sí mesmos?

[…] Cada promessa é uma ameaça; cada perda, um encontro. Dos medos nascem as coragens; e das dúvidas, as certezas. Os sonhos anunciam outra realidade possível e os delírios, outra razão. Somos, enfim, o que fazemos para transformar o que somos. A identidade não é uma peça de museu, quietinha na vitrine, mas a sempre assombrosa síntese de contradições nossas de cada dia. Nessa fé, fugitiva, eu creio. Pra mim, é a única fé digna de confiança, porque é parecida com o bicho humano, fodido mas sagrado, e à louca aventura de viver o mundo.

Eduardo Galeano - Livro dos abraços

Um comentário:

p disse...

Você escreve de uma maneira, em que sempre que entro aqui, eu tenho a impressão que a mensagem é diretamente para mim!!

Me espanta a sua fidelidade com a escrita, eu, que me auto intitulo escritor, não tenho toda essa paciência pra acompanhar a sua frequencia!

A sua pessoa me intriga, me espanta e me causa admiração!!!!

Boa sorte!