“Eu quero ver a água do mar lambendo
você nos seus pés”
Eu nunca tinha ouvido a fala do amor,
o frio o calor, eu logo entendi que quando o rapaz, seu olhar estrangeiro olhou
para mim. Seu olhar estrangeiro falava uma língua que eu logo entendi, senti no
meu corpo uma coisa tão louca, que eu nunca senti. Ele olhava minha boca, ele
olhava meu corpo, ele olhava em meu seio, olhava no meio, bem dentro de mim. No
princípio o perigo, depois eu olhava eu olhava, não tinha receio. Desejava
queria no precipício, abrir minhas asas desvendar o segredo, seu olhar
penetrante, invadia ofegante no meio de mim. Rasgava o meu ventre o meu corpo
inteiro, me vendo por fora, me vendo por dentro, do principio ao fim. Depois me
olhou, me olhou, me olhou de baixo para cima, em cima, embaixo, dentro de mim. Me
queimando, queimando, o céu o inferno, o paraíso é assim.
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