Rezei anda, persignei-me, fechei o
livro de missa e caminhei para a porta. A gente não era muita, mas a igreja
também não é grande, e não pude sair logo, logo, mas devagar. Havia homens e
mulheres, velhos e moços, sedas e chitas, e provavelmente olhos feios e belos,
mas eu não vi uns nem outros. La na direção da porta, com a onda, ouvindo as
saudações e os cochichos. No adro, onde se fez claro, parei e olhei para todos.
Vi então uma moça e um homem, que saíam da igreja e pararam; e a moça olhava
para mim falando ao homem, e o homem olhava para mim, ouvindo a moça. E
chegaram-me estas palavras:
—Mas que queres?
—Queria saber dela; papai pergunte.
Era sinhazinha Sancha, a companheira
de colégio de Capitu.
Machado de Assis
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