sábado, 16 de julho de 2011

.Minha pele cáqui. Sem rosa ou verde, sem destaque. E minha condição mofina, jururu, panema. Embora, embora. Há uma certeza em mim, uma indecência.

“O mundo me navega, e eu não sei navegar.” foi quando o despertar se sentiu, não era de vírgulas e maiúsculas que se construía a presença, mas era de uma necessidade tardia, urgentíssima (com todos os superlativos que cabe) que se faziam as frases. queria terminar assim, sem terminar com ela, e de certo estava para completar a coleção da hildinha. essas inspirações que vêm de longe sempre me tomaram profundamente, as releituras também, os filmes, nemsefala. dogville me despertou, manderlay causou o mesmo estrago. confesso não ter terminado, fui pausando desesperada. dogville, avê, um socobemdado, imaginei inúmeros desfechos, fiquei tão revoltada com a possibilidade da misericórdia que quase desliguei o filme, sem saber o que de fato aconteceria. genial. mesmo assim, Lars Von Trier foi EXPULSO do festival de Cannes, esses dinamarqueses e suas opiniões conturbadas, defender totalitarismos não, não, não. por relutar e assistir até o fim, pude acrescentar mais este a lista dos favoritos. grife DoGVILLE. tenho lido muito e bebido muito. café. tenho relido, Capitu, Capitolina, Bentinho e Escobar, eles não me escaparam. Penso ouvir aquela voz (de narrador dos bons), correndo os olhos nas frases toscas vindas dos meus profundos. café da tia faz milagre! só para constar, a título de curiosidade leitor, vi aquela professora, delícia de mulher, encantadora e afrodisíaca. “o quereres e o estares sempre a fim. do que em mim é em mim tão desigual”. briguei pela Bethania ontem, e defendi sua beleza com toda dignidade possível, quase alterei a voz, mas mantive a linha. guardo os beijos não dados nos meus sonhos e nas minhas vontades, não hei de sentir nada igual, enquanto a realidade escapa, eu prolongo as manhãs, tardes e noites. Passeio minhas andanças relembrando, “quando amor se hospedou, todo mal de desfez”.

LG

3 comentários:

CG - BEM disse...

T'es tous les éclats de mon rire
Tu es le chant de ma sirène
Tu es le sang et moi la veine
T'es le jamais de mon toujours
T'es mon amour t'es mon amour

Anônimo disse...

Resistiré, erguido frente a todo
Me volveré de hierro para endurecer la piel
Y aunque los vientos de la vida soplen fuerte

Soy como el junco que se dobla,
Pero siempre sigue en pie
Resistiré, para seguir viviendo
Soportaré los golpes y jamás me rendiré
Y aunque los sueños se me rompan en pedazos

Resistiré, resistiré.

Anônimo disse...

Estranho...quem pôs essa música aí?
Gostei muito do texto.