sábado, 16 de julho de 2011

.É assim o perfil dos loucos o louco que sou louca deliciosamente.

Um pé de que a porta trancada as cartas o fogo querer viver trancado o corpo nu em silêncio o som sem se ver desejo de estar além sair na rua vejo fogo fogo que foge do ar notar nem pensar querer solidão de manhã os pássaros parece uma flauta essa palavra mesmo eu coloquei depois que ouvi melhor assim fi fi shhh sinestésico o sono vai passar a onomatopéia sem querer o erro sombras severas aconteceu em julho o tempo corre corra corra atrás da lebre dê a volta vou com você de estar na sala o quarto ficou pequeno minha solidão o querer toma tempo deves? perguntas me perguntas te moves? a morte estranha ao lado de todos a nuvem de poeira a terra que vai me enterrar segredo de estar aqui e ali acolá cabelo unha berinjela beringela e então? como fica? saudade você imensidão de saudade um banzo eu arrumo essa insônia tudo deixo para lá um porta-retrato retratos em branco e preto conheci ela quando eu tinha 18 gostei depois eu gosto de francesca gosto das imagens do branco no preto do movimento do ar desfocado a mulher a menina é assim o perfil dos loucos o louco que sou louca deliciosamente o medo de viver do que não se alcança se se alcança algum dia verei céu? mar de gaivota escafandro ninguém quer saber olhe o umbigo o seu não o meu a margem muda olho no último capítulo também vejo gosto dela ela brinca joga palavras para lá vão se transformando em outra coisa que não é aquela mesma coisa de repente se vira se veste o café está aí hei de me apagar na superfície na leitura de uns de outros nem de longe brigite my song o gato os pêlos pêlos pelo que eu entendo exercitando o poder lembro daquela frase o poder tudo isso é muito simpático em que direção mas leva aonde? vai levar uns microfonezinhos parece que foi clausewitz o poder é a guerra continuada por outros meios foucault inverteu a política é a guerra continuada por outros meios devo voltar o tema o fluxo tem que ter um tema quero dizer o sentimento do mundo um vidro a janela a fumaça chove lá fora o que sonha? sonha! o azul anil sereno a dança dos corpos as mãos se grudam da boneca hit hit do it o que te deixa assim já pensou esse frio o eros desejo pulsão o pai a mãe em falar em mãe freud disse não deixa para lá a libido diminui quando se toma anti-depressivo me disseram hoje vai chover mas veio deleuze as vicissitudes se diluíram parece que foi em 1915 esse não o outro faz tempo que tenho que voltar para o tema qual era eu tinha algum antes de começar em que pensei no pé pé de que parece que é ironia será que hilst era isso estou terminando o livro o fluxo o floema estou no floema será que precisa de um o próximo diante de você qual será pensei em woolf talvez vejamos crisântemo clarabóia tem sempre uma e óculos falta a tuberculose dá um intelectual foi isso que disseram será que precisa? não é mais fluxo já se transformou tomou forma esse formato aqui em matéria fechado margens palavras soltas dão um todo unicidade onde alguma vez foi fluxo? o fluxo é fluxo então tenho que pensar tema o grande buraco negro ir-se-ia olha aí a mesóclise de que serve? e o tema em um fluxo serve a consciência serve o fluxo...

AlterEgo.

2 comentários:

Lg. disse...

Diante de você, hilstiando, e minhas leituras poucas.

CG disse...

.Resposta ao louco perfil do trovador deliciosamente louco.

e o tema em um fluxo serve a consciência serve o fluxo... o nu do corpo dentro fora fora dentro um junto no outro tão junto que dentro tão dentro que junto o tempo cura e mata o quarto revela e guarda o som da música da batida do ritmo o lugar perdido o caminho longo o café na Moka que hei de preparar aconteceu em junho na festa se deram títulos dotes lírica medieval porque gosta de francesas no escuro ter soldadeiras lê-me as cantigas está guardado teu fluxo tu não te moves de ti? Alberto é mais discreto não pensa misticismo os filósofos são homens doidos dizem que a pedra tem alma os deuses estão acima de tudo Ricardo para ser grande sê inteiro sê todo em cada coisa insatisfação Álvaro amargura desiludido não sou nada nunca serei nada sendo a tentativa do Barão sendo Fernando o poeta é um fingidor! deste deboche moderno de amoremconserva sentávamos à mesa um suspiro num prato num verso todos juntos num galhofar de talheres a lembrança que o futuro aguardava quase costura das memórias um tempo que não se revive dos bicos de seios narcisos bicavam-se a indecência limita-se que o acusado para punir silenciando assim os gritos incontidos de uma população ansiosa pela degradação e sofrimento do condenado entre as palmas abundantes de um feliz entretenimento sob vaias e urros deitar-se abertamente rendido sobre o chão atapetando-se aos pés os tons matinais eu tinha a uva engarrafada eu tinha fome e me entregava às cantilenas tinha o mundo e a mudança meti(nh)a uma noite em cada boca e morte em cada dia páginas mofadas meus ávidos goles de você te condenaram nele há rastros que nos leva de volta ao pecado original amor é uma sacra alcova teu leito de intermináveis deleitos existe também um outro carnaval que se comichem os românticos aleg(o)rias novas(os) contornos de pó toda nudez é muda.