domingo, 10 de julho de 2011

.Mesmo quando tudo ia bem, era raro que funcionasse.

Seu cabelo era muito claro, o rosto naturalmente sanguíneo, a pele áspera por causa do sabão ordinário, das navalhas cegas e do frio do inverno que pouco antes chegara ao fim. Você era obrigado a viver – e vivia, em decorrência do hábito transformado em instinto – acreditando que todo som que fizesse seria ouvido e, se a escuridão não fosse completa, todo movimento seria examinado meticulosamente.

Orwell, George. 1984. SP, Companhia das Letras: 2009. (p.12-13)

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