sexta-feira, 1 de julho de 2011

.Quando acordei, o quarto tinha um sol ainda mais branco e mais fervidamente parado.

Oh, meu amor, lembra-te de que eu estava ali presa na mina desabada, e que a essa altura o quarto já se tornara de um familiar inexprimível, igual ao familiar verídico do sonho. E, como do sonho, o que não te posso reproduzir é a cor essencial de sua atmosfera. Como no sonho, a “lógica” era outra, era uma que não faz sentido quando se acorda, pois a verdade maior do sonho se perde. Mas lembra-te que isso tudo acontecia eu acordada e imobilizada pela luz do dia, e a verdade de um sonho estava se passando sem a anestesia da noite. Dorme comigo acordado, e só assim poderás saber de meu sono grande e saberás o que é o momento vivo.

A paixão segundo G.H

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom dia!