quinta-feira, 4 de setembro de 2008

.Zeca Baleiro.


Não quero ser triste
Como o poeta que envelhece
Lendo Maiakóvski
Na loja de conveniência
Não quero ser alegre
Como o cão que sai a passear
Com o seu dono alegre
Sob o sol de domingo...

Nem quero ser estanque
Como quem constrói estradas
E não anda

9 comentários:

Lg. disse...

Sozinho não posso
carregar um piano
e menos ainda um cofre-forte.
Como poderia então
retomar de ti meu coração
e carregá-lo de volta?
Os banqueiros dizem com razão:
"Quando nos faltam bolsos,
nós que somos muitíssimo ricos,
guardamos o dinheiro no banco".

Lg. disse...

É natural, pois,
quando me dá vontade,
que eu retire um sorriso,
a metade de um sorriso
ou menos até
e indo com as donas
eu gaste depois da meia-noite
uns quantos rublos de lirismo à toa.

MAIAKOVSKI

Lg. disse...

Realmente Maiakovski é um daqueles que nascera sofrendo, sentindo e divagando em versos. Ele era uma obra de arte, não em sua beleza, mas em sua capacidade de apenas não ser.

- "Para nós, algo um tanto menor,
algo assim como um tango..."
Não posso levá-lo
e carrego meu fardo.
Quero arremessá-lo fora
e sei, não o farei.
Os arcos de minhas costelas não resistem.
Sob a pressão
range a caixa torácica.

Wilson Guerra disse...

Camarada Maiakovisk... bons tempos em que artistas e poetas eram engajados.

Wilson Guerra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Wilson Guerra disse...

"Todos sabemos que o coração fica aqui
no lado esquerdo do peito
mas minha anatomia ficou louca
sou todo coração"
____

"Não á ação revolucionária
sem uma cultura revolucionária"

Wilson Guerra disse...

* HÁ

Putz X-)

Lg. disse...

A hora que eu passei o olho naquele à com crase no lugar de há de existir deu uma dorzinha no coração hauahuaha...mas ai eu vi a correção e dei risada é claro!

Wilson Guerra disse...

Esses teclados "made in taiwan"...