quarta-feira, 17 de setembro de 2008

.Dito.

Vou rasgar-te ao meio.
Não…
Em pedaços!
Sim, vou rasgar-te em mil pedaços… Tantos quantos os cacos em que transformaste o meu coração, cujo a única coisa que fez, foi guardar-te lá dentro e deixar, inocentemente, que me fosses bombeada para o sangue e passasses a correr-me livre e descaradamente pela vida fora.
Vou fazer isso, tenho dito.
Ou não…
Falta-me a coragem!
Sim, essa cobarde que se esconde de mim sempre que mais preciso dela.
Que se lixe então a coragem ou a falta dela. Que te lixes tu! Continua a partir-me em cacos, que um dia eu descubro que a super cola existe e colo-me caco por caco só para te poder rasgar.
Aí sim, vou rasgar-te ao meio!
Tenho dito…

5 comentários:

Lg. disse...

Tenho dito que faço, meu amor, como tenho dito que não consigo se quer perder-te de vista, prefiro desgastar minha retina a viver com a certeza da sua inexistência.

Anônimo disse...

Gostei muito do seu complemento querida life's good.

Anônimo disse...

O poema também é magnífico. Belo belo belo.

Lg. disse...

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"

Lg. disse...

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.