Oh! deus...
Devias escrever um comunicado ao mundo e dizer que não existes.
Tudo é mais real do que Tu.
Não o podes negar!
A dor existe. Eu sinto-a!
A Ti não Te sinto.
Sinto estas cordas que me amarram à melancolia
Tudo é mais real do que Tu.
Não o podes negar!
A dor existe. Eu sinto-a!
A Ti não Te sinto.
Sinto estas cordas que me amarram à melancolia
e me fazem prisioneiro deste
Teu mundo controlado pelo Teu tempo.
As cordas da melancolia existem.
Eu sinto-as!
A Ti não Te sinto…
As cordas da melancolia existem.
Eu sinto-as!
A Ti não Te sinto…
2 comentários:
Mas eu não te creio, ó Deus!
Afinal, és Deus do quê? De quem?
Deus deste mundo de gente hipócrita?
Deus de gente egoísta?
Deus de crianças que morrem à fome?
Deus de injustiças? Deus das guerras?
Do sofrimento? Da doença? Da morte?
Onde estão os teus poderes?
Não és Tu que podes tudo?
Existo desde que Me inventaram,
em especulações de outrora,
por homens no centro da África
ainda em sua aurora.
E o primo pelado dos símios
logo Me uma função
manter sociedades e indivíduos
em total submissão.
Despido-Me em dois moldes:
moderado e inquisitor.
No primero trago auto-engano,
no segundo, irrestrita dor.
Em quaisquer um de Meus nomes
se faz guerra, sofrimento,
que legitimam a fase humana
de seu predatório desenvolvimento.
Tão forte invenção Sou
que Me tornei onipresente.
Aos que tentam de Mim se livrar
vem um vazio que se sente.
Esses não percebem o motivo
cristalino, sem eufemismo.
Só abandonaram um ideal
sem abandolar o idealismo.
A História é feita por vocês
E será melhor do que se pode supor
se tomarem para si suas rédeas,
pois a criatura é o criador.
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