Parece traduzir nos seus trejeitos um permanente pedido de desculpas por tudo o que fez e pelo que não fez, perdão até de se ter casado com Dona Leonor que Novinha e não agora aquela máscara de pó, não era para se ter dado a ele, um sapateiro de origem impregnado pelo cheiro da sola dos dedos curtos e chatos, grudados de verniz. Dona Leonor estudou em colégio de Freiras, segundo ela mesma diz, sem propósito de diminuir o marido, apenas uma alusão saudosa a outra época, com os olhos grandes calmamente perdidos na distância ainda hoje experimenta um velho piano na sala, encimado pela toalhinha e pelo jarro de flores artificiais, onde já dormitam moscas quietas e reclama-se os dedos, já não são os mesmos.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Não gosto de gente idiota, eu sempre procuro me esquivar dessas pessoas porque no minimo elas vão flar coisas que ninguem é obrigado a escutar e muito menos a dar risada.
O meu futuro é difícil falar o que eu quero dele, minha cabeça está confusa são tantas coisas que tenho que decidir, não podia ter tanta responsabilidade uma pobre pessoa.
SEU BLOG ME DEIXOU MAIS CONFUSO AINDA, MAS CRIEI CORRENTES.
De tudo tem uma história e um porque.
É preciso pensar e ter sensibilidade bastante pra entender.
;*!
TUdo com e por vc! SEMPRE!
karla.....A maneira clara da escrita de Moreira...me lembra grandes autores..,pena que ele não é tão conhecido nacionalmente...
Que novidade é conhecer...Moreira...assim..tão claro...pena que não é conhecido nacionalmente..
Postar um comentário