sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

.Aquele espírito positivo em meio a seus entusiasmos.

Porém, a ansiedade de um novo estado ou talvez a excitação causada pela presença daquele homem bastara para fazer-lhe acreditar que possuía, enfim, a paixão maravilhosa que até então era considerada como um grande pássaro de plumagem rósea planando no esplendor dos céus poéticos – e não podia imaginar, agora, que aquela calma em que vivia fosse a felicidade com que sonhara.

FLAUBERT, G. Madame Bovary. SP, Abril: 2010 (p.58)

Um comentário:

Cecília disse...

Eu quisera dar-te, ademais dos beijos e das rosas, tudo o que nunca foi dado por um homem à sua Amada, eu que tão pouco te posso ofertar.
Verias, então, em mim, na transparência do meu peito, a sombra de tua forma anterior a ti mesma.
Gostaria de dar-te, Namorada, aquela madrugada em que, pela primeira vez, as brancas moléculas do papel diante de mim dilataram-se ante o mistério da poesia subitamente incorporada.