segunda-feira, 26 de setembro de 2011

.Que a vida não espera, é uma primavera, não podes perder!

Abrimos a janela. Realmente, estava um céu azul e claro. José Dias soergueu-se e olhou para fora; após alguns instantes, deixou cair a cabeça, murmurando: Lindíssimo! Foi a última palavra que proferiu neste mundo. Pobre José Dias! Por que hei de negar que chorei por ele?

Joaquim Maria Machado de Assis

2 comentários:

Lg. disse...

Como chegaste ao meu blog, o que te faz imaginar que as leituras podem ser próximas? Acho que as leituras aqui não são apropriadas para uma adolescente, não acha? Desde já, por nada.

Gio. disse...

É primavera, Helena. Mas só percebe-se a sua beleza atentando-se para os detalhes. Pensando nisso, você tem tudo a ver com a primavera. Detalhes. Refiro-me a eles. Explico: não é dificultosa a arte de agradar-te; porém, manter-te interessada é onde ronda o mistério. Por que digo isso, Helena? Da mesma maneira que a primavera, são os seus detalhes que devem ser apreendidos. Acontece que isso só se dá por meio de uma atenção e um instinto aguçados aos detalhes. Vírgulas, pontos, gírias, sedas, rendas, cores, flores, versos, tudo importa quando Helena entra em cena. Chama-te atenção muitas coisas, simples coisas, grandes coisas. Mas prende-te muito poucas delas. Não que o objetivo seja, ou deva ser, este que remete a algo como estagnação do processo de conquista. É só uma questão de adaptação ao meio, penso eu. Você sabe o que significa, não é mesmo Helena? O nível de abstração é elevadíssimo, eu sei. Mas isso é detalhe.