domingo, 4 de setembro de 2011

.Amor, festa e devoção.

Começa e termina. Volta a tocar. Para, dá lugar as vozes menos divinas, mais humanas, que se permite desafinar. Descansa mãe iluminada, logo voltará a cantar. “Olhando as labaredas alimentando sombras”... mas, não era bem essa frase que queria, me ocorre de colocá-la porque acabo de ouvir. Essa: “ê, volta do mundo onde chega está em casa”. Acabo de fazer disso uma verdade absoluta, não tenho sentido, nem me lembro da última vez que senti, aquela sensação de deslocamento. Leia: “os estabelecidos e os outsiders”, me ocorre esse, citado sempre nas conversas, se bem que os cafés filosóficos têm vertido sobre as discussões de Derrida. Os jantares: tudo sabores novos. Teria alegria descomedida em me prostrar frente à Maria Bethânia e beijar-lhe, os pés e as mãos, apalpando, e tirando a ilusão de que Betha talvez não exista de se tocar (não critique o gerúndio), utilizá-lo-ei, por vezes, quando me aprouver, também não trave conferências danosas sobre a mesóclise. “Talvez não exista de se tocar”, note que é uma citação indireta de Drummond, quando este falava sobre Guimarães Rosa, bem verdade, não confirmei a existência de Rosa, logo, talvez sua sacralização se mantenha. Note também que aquilo que ela, a iluminada, recita: “perto de muita água, tudo é feliz”, procede, como sempre.

LG

“Da crueldade à nudez, da loucura à nominação, da negação à teimosia do idiota que interroga incessantemente o que todos parecem convir não considerar”.

O animal que logo sou. Jacques Derrida.

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