– Que música é essa aí no fundo? – ela perguntou de repente.
– Chama-se “Por um desespero agradável” – mentiu.
– Você gosta?
– Não sei. Acho que dá um pouco de sono. Quem é?
– Um cara aí. Um doido
– Como ele se chama?
– Erik Satie. É bom, uma música bem sonífera. Ai você vai apagando, apagando. Então dorme. Quase sem sentir.
– Sem sentir?
– QUASE sem sentir, repetiu.
ABREU, Caio Fernando. Morangos Mofados. RJ: Agir, 2005. (p.42)
2 comentários:
estou acompanhando, tudo de muito bom gosto, tinha seu blog nos meus favoritos com essa postagem http://sobsuspeitas.blogspot.com/2008/06/ao-magnificente-zbigniew-preisner-pela.html você é bem interessante.
Mandei meu link no seu e-mail, me chamo Bruno, não estou conseguindo te seguir aqui no seu blog. Aguardo sua resposta. Abraço.
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