Era preciso um esforço tão terrível que precisei sorrir mais sozinha e inventar mais um pouco a felicidade, aquecendo meu segredo, cozinhando-o, e dei alguns passos, mas como se faz? Me perguntei, como se faz isso de colocar um pé após o outro, equilibrando a cabeça sobre os ombros, mantendo ereta a coluna vertebral, desaprendia, não era quase nada, eu, mantida apenas por aquele fio invisível.
ABREU, Caio Fernando. Morangos Mofados. RJ: Agir, 2005. (p.47)
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