Depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo, por dentro de mim, que talvez eu não quisesse que soubessem que eu era eu, e eu era. Começou a acontecer uma coisa confusa na minha cabeça, essa história de não querer que soubessem, encharcada naquilo tudo de fracasso, tive vontade de voltar para algum lugar seco e quente, se houvesse, e não lembrava de nenhum.
ABREU, Caio Fernando. Morangos Mofados. RJ: Agir, 2005. (p.46)
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