quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

.Andava insone, roxas olheiras, teria que ter mais cuidado.

Depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo, por dentro de mim, que talvez eu não quisesse que soubessem que eu era eu, e eu era. Começou a acontecer uma coisa confusa na minha cabeça, essa história de não querer que soubessem, encharcada naquilo tudo de fracasso, tive vontade de voltar para algum lugar seco e quente, se houvesse, e não lembrava de nenhum.

ABREU, Caio Fernando. Morangos Mofados. RJ: Agir, 2005. (p.46)



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