Uma pessoa muito especial, juntamente com a Hilst, me contou. Contou também que eles cavam a própria cova para lembrar, dia após dia, de que eles morrerão. Interessante não, talvez por isso só existam 450 deles por todo o planeta. Quando li a crônica da Hilda pensei ser da mesma ordem, depois procurei pelo Cartuxos e descobri que são sim os mesmos. Está aqui o site, se quiser, http://www.chartreux.org/pt/rapid2.htm.
Como assim Lg, você está a me contar que uma pessoa te falou sobre uma organização dessas e que dias depois, em suas leituras matinais, o que não duvido que seja muitas, você encontrou um texto que se referia ao mesmo assunto comentado por alguém, como se fosse um assunto comum, que desse para ter coincidência? Como se falar sobre monges que cavam covas fosse natural!? Quem veio antes, o texto da Hilst, ou o comentário do convento?
Sim, exatamente isso, primeiro ouvi a estória, depois, no processo natural do livro Cascos e Carícias, pg 265, lá estava a confirmação. Intacta aos meus olhos, mas não aos ouvidos. Conviver com pessoas brilhantes dá nisso, o que poderia ser surpresa se antecipa e o que poderia ser susto passa a ser confirmação.
Essa é a palavra: brilhante. Eu certamente teria me esquecido da tal historia, ou teria lido com desatenção a parte, não sei onde eu pecaria, mas não faria essa análise. Estou convencido de que você não existe.
Na verdade, me desculpe a franqueza, mas para uma pessoa ser tão inteligente você deve ser, magra, cheia de espinhas e feia. Desculpe, mas é a lei natural da inteligência, uma coisa nega a outra.
Quem sou, sinceramente, estudante de sociologia, daquelas pessoas que para sempre terão que conviver com a pergunta da vizinha: mas o que você faz mesmo? Leitora viciada e jogadora de xadrez aposentada.
Nasci para escrever. A palavra é meu domínio sobre o mundo. Eu tive desde a infância várias vocações que me chamavam ardentemente. Uma das vocações era escrever. E não sei por que, foi esta que eu segui. Talvez porque para outras vocações eu precisaria de um longo aprendizado, enquanto que para escrever o aprendizado é a própria vida se vivendo em nós e ao redor de nós.
Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas" Clarice Lispector
7 comentários:
Ops, errei o post. Meu que impressionante os dois Ms na entrada, só pode ser mesmo de memento morri. Onde você descobriu isso?
Uma pessoa muito especial, juntamente com a Hilst, me contou. Contou também que eles cavam a própria cova para lembrar, dia após dia, de que eles morrerão. Interessante não, talvez por isso só existam 450 deles por todo o planeta. Quando li a crônica da Hilda pensei ser da mesma ordem, depois procurei pelo Cartuxos e descobri que são sim os mesmos. Está aqui o site, se quiser, http://www.chartreux.org/pt/rapid2.htm.
Como assim Lg, você está a me contar que uma pessoa te falou sobre uma organização dessas e que dias depois, em suas leituras matinais, o que não duvido que seja muitas, você encontrou um texto que se referia ao mesmo assunto comentado por alguém, como se fosse um assunto comum, que desse para ter coincidência? Como se falar sobre monges que cavam covas fosse natural!? Quem veio antes, o texto da Hilst, ou o comentário do convento?
Sim, exatamente isso, primeiro ouvi a estória, depois, no processo natural do livro Cascos e Carícias, pg 265, lá estava a confirmação. Intacta aos meus olhos, mas não aos ouvidos. Conviver com pessoas brilhantes dá nisso, o que poderia ser surpresa se antecipa e o que poderia ser susto passa a ser confirmação.
Essa é a palavra: brilhante. Eu certamente teria me esquecido da tal historia, ou teria lido com desatenção a parte, não sei onde eu pecaria, mas não faria essa análise. Estou convencido de que você não existe.
Na verdade, me desculpe a franqueza, mas para uma pessoa ser tão inteligente você deve ser, magra, cheia de espinhas e feia. Desculpe, mas é a lei natural da inteligência, uma coisa nega a outra.
Talvez eu seja.
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