No dia que
julgava tristeza eu era pequena e não sabia. Todo escritor, seja grande ou
invisível, fita com a aflição. É a ênfase no sofrimento. Entretanto, desde
aquela flor azul os rumos entortaram, seguiram para outro vale, e certamente
ali seria feliz. Ou parecia que poderia ser feliz. Era um presságio. Somos
tentados a duvidar das coisas, depois de uma série de acontecimentos, nem tão
fúteis, nem tão singelos, tampouco
banais, somos tentados... Depois pensara que não se deseja nada, felicidade é
uma abstração frustrante, como um projeto de perder peso. Mas o encantamento,
esse não se nega e, quem sabe, um dia ele bate a porta da Felicidade e adentra no cômodo ilusório do Amor. Desde que fizera alguns aniversários foi fácil
perceber que pessoas são envolventes (cada um a sua maneira) e que nos agrega
(cada um com seu potencial), um aprendizado distinto. Eu havia aprendido muitas
coisas, mas aprendizado sempre é pouco. O corpo envelhece, a vida passa, com sorte a mente continua
ativa, se fortalecendo, se abrilhantando. As emoções, essas difíceis de
esconder, vão aos poucos sorrindo sem necessidade, sorrindo com necessidade,
buscando sorrir. É a tentativa do ser feliz. Arriscando um contato, um afeto,
quem sabe um Amor.
LG
Um comentário:
Lindo.
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