quinta-feira, 17 de maio de 2012

.Fecho a porta de aço do meu escritório-quarto.


Eu digo: pare;
Ela diz: você é anti-social, é burguesinho besta.

Muito bem, abro a braguilha e começo a me masturbar. Ninguém se mexe. Sorriem obliquamente. Guardo a coisa. Levanto-me. Grito: bando de inúteis, corja porca, até que inventei uma bela sonoridade, muito bem, corja porca, mas essa gente não percebe nada, eu poderia ter dito creme de leite, caju, caguei, anu, são uns analfabetos, uns instrujões, uns estrujões, uns estru, os corjaporcagueicajuanu.

HISLT, H. Fluxo-Floema. São Paulo: Globo, 2003.

Nenhum comentário: