Levanto-me e encaro-o. Digo: olhe
aqui, o incognoscível é incogitável, o incognoscível é incomensurável, o incognoscível
é inconsumível, é inconfessável. Ele me cospe no olho, depois diz: ninguém está
te mandando escrever sobre o incognoscível, estou dizendo não se esqueça do incognoscível.
Ah, está bem. Finjo que entendo. Quem é você, heim? Ele está começando a perder
a paciência, está se aproximando, me esbofeteia, não faz mal, vai batendo, vai
me arrancando os dentes, corta a minha língua, faz o que quiser mas eu não sei
responder.
HISLT, H. Fluxo-Floema. São Paulo:
Globo, 2003.
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