terça-feira, 7 de setembro de 2010

.Nunca outra vez a mão de alguém na minha pele.

Quis dizer que precisava arrumar a sala, trocar os lençóis nos quartos, bater as almofadas. Mas ela colocou a mão sobre a minha boca, pedindo silêncio. Sem saber, então soube que ela não se importaria com o cheiro de pó nas minhas roupas. Como se a janela estivesse realmente aberta e pudéssemos ver, como antes, as plantas prateadas sob a luz da lua, joguei a cabeça para trás permitindo que ela lambesse devagar meus seios há tanto tempo esquecidos. E abracei-a com força, no momento exato em que a vassoura caiu ao chão, deixando minhas mãos inteiramente livres para acariciá-la também.

Abreu, C.




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