quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

.Nunca fui senão uma coisa híbrida, metade céu, metade terra.

Velho louco, diz aquele teu poema.
Digo: Reses, ruídos vãos/ vertigem sobre as pastagens/ ai que dor, que dor tamanha/ de ter plumagens, de ser bifronte/ ai que reveses, que solidões/ ai minha garganta de antanho/ minha garganta de estanho/ garganta de barbatanas e humana/ ai que triste garganta agônica.

Também não precisa chorar, anão, sim, compreendo, eu mesmo estou chorando, era bonito cantar, trovar, mas bem que diziam: tempo não é, senhores, de inocência, nem de ternuras vãs, nem de cantigas, diziam e eu não sabia que a coisa ia ser comigo...

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