Começo a
sentir o galope da minha música, cascos rompendo um linho de teia, cada um de
nós tem a sua dileta melodia, sabe abrir-se e fechar-se, lentidão de sanfona,
rapidez de fole, a música do seu corpo, da sua fala, do seu caminhar deixa
rastro nos ares do sigilo e pergunta, nunca se sabe até onde o último sonido,
pensamos agora vai terminar, último acorde, e atrás de nós outra vez os pisados
de lebre, roçar leve nos capins, perguntamos cantaste? Ela responderia: lá
dentro sim. E a música continua nos olhos, no ficar parada, no encostar-se à
janela.
Hilst
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