Onde, reduzidos a pequenos chacais, nós nos comemos em
riso. Em riso de dor - e livres. O mistério do destino humano é que
somos fatais, mas temos a liberdade de cumprir ou não o nosso
fatal: de nós depende realizarmos o nosso destino. Enquanto
que os seres inumanos, como a barata, realizam o próprio ciclo
completo, sem nunca errar porque eles não escolhem. Mas de mim
depende eu vir livremente a ser o que fatalmente sou. Sou dona de
minha fatalidade e, se eu decidir não cumpri-la, ficarei fora de
minha natureza especificamente viva. Mas se eu cumprir meu
núcleo neutro e vivo, então, dentro de minha espécie, estarei sendo
especificamente humana.
A paixão segundo G.H
Um comentário:
Muito bom!
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