sexta-feira, 10 de julho de 2009

.O privilégio cultural.

As crianças oriundas dos meios mais favorecidos não devem ao seu meio somente os hábitos e treinamento diretamente utilizáveis nas tarefas escolares, e a vantagem mais importante não é aquela que retiram da ajuda direta que seus pais possam dar a elas. Elas herdam também saberes (e um savoir-faire), gostos e um “bom gosto”, cuja rentabilidade escolar é tanto maior quanto mais frequentemente esses imponderáveis da atitude são atribuídos ao dom.

Bourdieu


Derivam desses capitais simbólicos operacionalizados pelas hierarquias culturais todas as estratificações sociais primárias. Assim, uma criança que cresceu assistindo seus pais folhear jornais, se aventurar compulsivamente em leituras, prestigiar obras de arte, comparecer a peças renomadas, dentre outras situações, não terá dificuldade para se destacar frente às crianças que desfrutam desses elementos esporadicamente.


Lg
prestigiando obras de arte, comparecendo a peças renomadas, dentre outras situaçcompulsivamente em leituras

3 comentários:

Wilson Guerra disse...

Monsieur Bourdieu est très trop!

Doce disse...

e tudo seria diferente se houvesse a distribuição justa de renda, se todos tivessem acesso à cultura e a informação...os componentes geradores do conhecimento e sobretudo se todos os pais tivessem o tempo disponível para acompanhar a educação dos filhos.
Sinceramente quero ver este dia.

Wilson Guerra disse...

Esse diga chegará quando quando a palalvra "renda" tiver se tornado obsoleta.