sábado, 25 de abril de 2009

Amar o perecível, o nada, o pó, é sempre despedir-se.


Ode as postagens superficiais e aos comentários ricos em conhecimento.

9 comentários:

p disse...

De acordo com a bíblia, somos feito do pó.
Isso te diz alguma coisa?

Lg. disse...

Não muito, o pó aqui colocado se refere a amar o nada, o vazio, o pó seria (a última conseqüência do amor, a desfragmentação da matéria).

Não acredito muito nesses manuais cristãos, o 'somos' feito é genérico por demais, teríamos que cair nas discussões da gênese humana, enquanto isso prefiro a frase: de acordo com a biologia, somos feitos de um óvulo e um espermatozóide. Sem que minha intenção seja ferir qualquer concepção religiosa em questão. Acredito que viraremos matéria e dela viemos, apenas prefiro uma referência menos bíblica.

p disse...

Será que o pó da bíblia e o seu não são o mesmo?
Gostei da sua forma de pensar!!
Seus posts costumam ser superficiais se comparados a imensidão da totalidade que o seu pensamento transmite num comentário como esse.
Bem no fim, parece que pensamos muito parecido.

Lg. disse...

Tréplica...
O pó da bíblia e o pó a que eu me refiro não são os mesmos porque um está amparado a valores simbólicos e surreais (fundamentalismo religioso); e outro está amparado a ciência e a decomposição da matéria (ciência biológica), é o mesmo pó, que colocado a serviço de princípios divergentes e antagônicos, se transformam em objetos completamente distintos.
Também não diria, e discordo de você para que possamos prosseguir o debate, que os posts são superficiais, acho difícil ver superficialidade em uma fotografia ou em uma citação, entretanto concordaria caso você dissesse que eles (os posts) são um recorte daquilo que pode ser lido nas entrelinhas, e ai chegaríamos na “imensidão da totalidade que o pensamento transmite”, algo que devemos analisar, pois o que pretendo deixar claro com você (leitor que muito aprecio) é o seguinte: Até que ponto seria mais interessante eu transcrever algo em um lugar público que estaria carregado de valores próprios e negar a vastidão de interpretações que poderiam surgir de um post mais genérico ou (se preferir) superficial?
Talvez dessa questão tiremos conclusões para o fiasco daqueles blogs que estão dispostos como se fossem diários e sempre atualizados com texto em 1ª pessoa (eu acho que, eu fiz isso, ontem eu fui...) não que eu não faça uso desses recursos, acho até necessário e interessante, mas perderia o foco do .SobSuspeitas. que é o movimento constante da curiosidade e do identificar-se, movimento esse que te atraiu para as leituras e que espera nunca deixar de envolvê-lo.
Abraço.

Paulo disse...

Ah esses posts genéricos que já me fizeram perder a cabeça, concordo com o V pois as vezes fico louco aqui, tem dias que fico feliz, tem dias que fico triste, não sei o que sinto e não sei o que você pensa do que postou, mas ai penso no seu argumento e vejo que é tão bom poder ter essa imensidão de sentimentos canalizados em uma só frase e que você possa estar como eu...perdida! A querida amiga que de tão bela e tão nova nasce a dívida da existência.

Lg. disse...

“A querida amiga que de tão bela e tão nova nasce à dúvida da existência.” Lindo isso, parece Camões, entretanto como conheço os seus dotes literários sei que é seu, porém como estou discordando de tudo por aqui não haveria de deixá-lo passar. Quanto ao ‘bela’ eu aceito com felicidade, não há melhor cortejo a se fazer a uma mulher, quanto ao ‘nova’ também despejo alegria já que meus atuais 21 comprovam isso e sei que serei saudosa a ele daqui umas décadas, agora, quando ‘a dúvida da existência’ tive vontade de ligar pra ti e comprovar empiricamente tal fato, só não o fiz porque imaginei que foi uma licença poética que tornou a frase mais literária.
Se o Blog te desperta tantos sentimentos e te trás indagações tão variadas eis meus objetivos se concretizando, é a força dos posts genéricos. Contagem regressiva para vir o ‘V’ discordar da gente...1...2...3

p disse...

Discordar não, me redimir!
Não é superficial, fui insensível no comentário, é realmente um recorte, mas a verdade é que eu gostaria de ver a figura inteira e passo vontade as vezes.
Discordar? Talvez.
Eu acho que vc, senhorita dona do blog, leva a bíblia muito mais a sério que eu, eu ainda não vejo diferença entre um pó e outro.
Pó é pó, mas esse meu pensamento é muito mais complexo do que parece, daqueles que só se entende numa mesa de bar.
Ah, e sua amiga falou "dívida" e não "dúvida", se foi um erro tudo bem, se não foi, o sentido é outro.

Aspone disse...

Impressão minha ou esse post foi editado depois da postagem?

Lg. disse...

Ah, e sua amiga falou "dívida" e não "dúvida", se foi um erro tudo bem, se não foi, o sentido é outro.

Verdade mesmo, mas quem disse foi meu amigo, o Paulo, agora só ele poderá responder nossa dúvida sobre a dívida.

O post sofreu um acréscimo. Coisa pouca. E quanto a bíblia, gosto dela, mas como um livro entre tantos outros, perigoso e normativo.