Conte-me velho amigo..."Eu gostava de olhar aquela confusão de borzeguins, chinelas e sapatos rasos. Mas, um dia, o sujeito, que era robusto e falava grosso, me interpelou: —Já vai ao colégio? Estuda Geografia? Qual é a Capital do Espírito Santo?Embatuquei, e o sapateiro tripudiou: — Ignora?
Senti-me insultado, afastei-me do baú, nunca mais me aproximei do homem. E até hoje implico com esse inocente verbo “ignorar”, sobretudo no singular do presente do indicativo.

















