quinta-feira, 31 de julho de 2008

.Tudo vai bem.

Conte-me velho amigo..."Eu gostava de olhar aquela confusão de borzeguins, chinelas e sapatos rasos. Mas, um dia, o sujeito, que era robusto e falava grosso, me interpelou: —Já vai ao colégio? Estuda Geografia? Qual é a Capital do Espírito Santo?
Embatuquei, e o sapateiro tripudiou: — Ignora?
Senti-me insultado, afastei-me do baú, nunca mais me aproximei do homem. E até hoje implico com esse inocente verbo “ignorar”, sobretudo no singular do presente do indicativo.

inebriante Manuel Bandeira que ignorar não sabia.

.Qual espuma vivo fraco.


Não há por que fantasiar essa vida.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

.Jacques Brel.

De uma totalidade envolvente, daquelas que ninguém se atreve imitar.

Deixou-nos a palavra, a nostalgia, o acreditar na vida e a presença da morte. E sentimentos profundos, íntimos, solidários. Polémicos. Como a natureza dos homens. E como Brel.



.Para que flores não faltem.


Envergonha-me o fato de vasculhar na net um poema para exprimir meu sentimento. Pular de galho em galho a procura de palavras reconfortantes é uma situação desagradável, mesmo porque terá que se contentar com frases semelhantes e essas somente farão perder o sentido real, nada vai dizer “ipsis literis” o que você diria. Muitas pessoas, assim como eu, não dizem tudo (que querem) na hora (que querem). Eis que tenho vontade de rir muito, ou chorar, quem sabe!

lg

Por ai...

Falei muitas, muitas vezes como palhaço, mas nunca desacreditei na seriedade da platéia que sorria.

.Locke.

.John.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Acabo de pousar na sua janela


Afinal, o que você pode fazer se não se lembra mais o que era antes de me conhecer?

quarta-feira, 23 de julho de 2008


.Epitáfio.




Veio o fim, Senhor, e deixaste-me, ao menos, escovar os dentes! Obrigado.
Estão esgotados os bilhetes para o funeral.Agradecem-se, desde já, as condolências e as furtivas lágrimas.

terça-feira, 22 de julho de 2008

.Minha vida.

Reclamei o tempo quando não o tinha para encobrir minhas falhas...“E quanto mais a minha produção fica escassa, do tempo que eu gasto com os outros e não comigo, das frases que eu digo a eles e não a mim, questiono os motivos pelo qual meus movimentos escolheram esse exílio literário. Certa vez aprendi de forma indireta que nada melhor do que o ócio para fazer florescer em nossas idéias indagações que geram poemas, musicalidade, coisas belas e afortunadas. Certa vez aprendi e esqueci com o tempo.” [...] devo agora honrar-me, fazer o que tinha vontade quando não tinha tempo. Tenho um pacto comigo. Tenho um dever a cumprir. Eu voltei a sonhar e isso me deixa feliz.
lg

.seus cânticos exaustos de êxtase.

De lirismo me embriaguei
E os olhos viciaram em sonhos…
E as contas deixei de pagar..

Venha o vice-verso!
Esperança é saudade ao contrário.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

.Bukowski fora de seus muros.

E, de repente, quando se vê, as nossas vidas dependem, mais uma vez, de verdadeiros idiotas.

As bombas talvez nem sejam lançadas; por outro lado, talvez sejam. Uni, duni, tê, salamê mim guê...

Portanto, caros leitores, se me derem licença, vou voltar pras putas, pros cavalos e pra garrafa enquanto há tempo, se isso contribui pra gente morrer, então, para mim, parece bem menos repugnante ser responsável pela nossa própria morte do que qualquer outra modalidade que ande por aí, disfarçada com rótulos sobre liberdade, democracia, humanidade e/ou qualquer outra espécie de papo furado.

.Entrelinhas.



Prefiro que se vista de maneira a encher seus olhos, quanto aos meus eles já se enchem só com o pensamento.

lg

é todo seu.

.We will make our plans.

Se dou aos pobres comida, eles me chamam de santo.
Se pergunto por que os pobres não tem comida, eles me chamam de COMUNISTA.