Sei que ele
estava naquela prateleira acima da linha dos meus olhos, atrás dos poetas
portugueses, um palmo à direita da Comédia Humana, porém não será assim tão fácil
reencontrar sua vaga. A esta altura os livros já estavam acomodados no fundo da
estante, já se empurraram uns contra os outros, parecem que engordam quando
confinados. Na ponta dos pés desloco um Bocage da fileira da frente. Há algo de
erótico em separar dois livros apertados, com o anular e o indicador, para
forçar a entrada de O Ramo de Ouro na fresta que lhe cabe.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
.Estou convicta de outra noite insone.
Lembrado por Lg. às 00:06
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